|
Read Ebook: As Farpas: Chronica Mensal da Politica das Letras e dos Costumes (1877-01/02) by Ortig O Ramalho Editor Queir S E A De Editor
Font size: Background color: Text color: Add to tbrJar First Page Next Page Prev PageEbook has 222 lines and 20675 words, and 5 pagesAssim se explica o phenomeno da chuva, a existencia da neve nos pincaros de todas as altas montanhas, e o nascimento dos rios. D'estes, uns, como o Rhodano, o Rheno, o Danubio, s?o formados pela opposi??o das cordilheiras ? corrente regular de certos ventos; outros, como o Mississipi e o Missouri, nascem do encontro das duas correntes atmosphericas oppostas, uma que s?e do golpho do Mexico, outra que parte dos Estados Unidos na direc??o da Europa. Achando-se determinado que 200 metros de eleva??o acima do n?vel do mar d?o 3 gr?us de frio, ? facil calcular, o frio que deve actuar no ar elevado ?s alturas dos Alpes, dos Pyreneus, do Caucaso, e de descobrir assim as causas das geleiras, do mesmo modo se descobriu a origem das chuvas e a do nascimento dos rios. Possuida esta simples e clara no??o, o homem adquiriu o poder de intervir no meteoro. Em 14 de novembro de 1854 uma tempestade medonha ca?u sobre as esquadras franceza e ingleza, estacionadas no Mar Negro. Todos os navios das duas marinhas tiveram avarias desastrosas. Muitas embarca??es de transporte naufragaram. O sr. Leverrier, director do observatorio de Paris, procedeu ent?o a um inquerito sobre as perturba??es atmosphericas d'esse dia, dirigindo circulares a todos os meteorographos do mundo. Duzentas e cincoenta respostas de differentes observatorios provaram que a onda atmospherica qua determinara a tempestade f?ra presentida pelos observadores, e que a catastrophe teria sido evitada se o telegrapho, que caminha mais depressa do que a corrente do ar, houvesse feito passar de observatorio em observatorio a noticia do phenomeno. Antigamente faziam-se preces e penitencias para pedir chuva; hoje em dia a chuva n?o se pede, manda-se-lhe simplesmente que caia, e ella c?e precisamente no ponto que se lhe designa. Ha poucos annos ainda, no Baixo Egypto, n?o chovia nunca. Os celleiros eram construidos ao ar livre, a descoberto, sobre os telhados. Desde tempos immemoriaes que o vento secco do norte mantinha esse estado de coisas na referida regi?o. Um dia, por?m, a corrente septentrional chega ? Alexandria e encontra uma certa difficuldade em passar com a rapidez do costume; detem-se um momento, retarda-se um instante: basta isso para que ella se dilate, para que se eleve no espa?o, para que arrefe?a na raz?o da altura a que subiu e para que, por-consequencia, se converta em chuva. D'onde viera esta poderosa resistencia ? invas?o do vento esteril? De uma revolu??o geologica na configura??o do solo? Do encontro de um vento opposto? Da influencia calorifica da radia??o solar? N?o. A voz de preso dada ao vento norte, o encarceramento d'elle n'uma certa por??o do espa?o, a sua condemna??o inilludivel a condensar-se e a ser chuva, f?ra simplesmente a obra do homem, que vencera o vento plantando a arvore. As florestas que t?em o poder de occasionar as chuvas por meio da sua interferencia na corrente dos ventos, possuem ainda a propriedade de lhes regular os effeitos impedindo os excessivos irrigamentos, e as inunda??es. Al?m de certos processos de cultura e de arborisa??o nos cabe?os dos montes e nas encostas das colinas, ha outros meios de impedir os estragos das cheias,--dando aos rios um regimen torrencial, operando largos cortes transversaes nos declives do solo para regular a descida das aguas, construindo tubos de drenagem, etc. Quando um dique, como o de Vallada, se rompe por effeito de um repentino augmento no volume da agua no leito de um rio, ha meios praticos, prontos, expeditos, de construir diques provisorios. O sr. Babinet, nos seus estudos ?cerca da chuva e do irrigamento da Fran?a, lembra para os casos analogos ao de Vallada a construc??o de barreiras feitas com grandes caixas de ferro fundido similhantes ?s que transportam a agua potavel nas navega??es de longo curso. Estas caixas enchem-se com a mesma agua do rio e sobrep?em-se ou enfileiram-se de encontro ? corrente at? formarem um obstaculo de dimens?es adquadas ao volume da agua que se tem por fim represar. O mesmo sr. Babinet suggere para o meio preventivo da arborisa??o o sabio alvitre, t?o moralisador, de organisar regimentos de plantadores formados de corpos de veteranos, cujas pra?as encontrariam n'esse trabalho um suave emprego da sua actividade, que o Estado poderia utilisar remunerando-a com liberalidade superior ? importancia mesquinha do soldo e proporcional ao servi?o prestado por esses cidad?os, at? hoje inuteis, ? salubridade e ? riqueza publica. Por occasi?o das ultimas inunda??es em Fran?a, das recentes inunda??es na Inglaterra, os meios apontados e muitos outros, descobertos pela sciencia no momento do perigo, em frente da catastrophe, t?em sido objecto dos mais graves estudos por parte do governo, por parte da imprensa, por parte principalmente das corpora??es especiaes, dos meteorologistas, dos engenheiros hydrographos, dos de florestas, dos de pontes e cal?adas, etc. Em Portugal deante do facto da inunda??o espraiada sobre as povoa??es do Ribatejo, e das margens do Guadiana, a quest?o principal, a quest?o summa, a quest?o technica, ? posta completamente de parte, ou nem sequer chega a ser afastada: n?o concorre no problema, ? como se n?o existisse! Parece n?o se ter unicamente em vista achar um remedio, mas cumprir uma expia??o que minore os castigos do Ceu! Debalde a meteorologia--com quanto em estado rudimentar, n?o constituida ainda em sciencia sobre bases experimentaes e com processos deductivos,--nos annuncia, ainda assim, que n?o ha nos phenomenos do ar aberra??es extraordinarias, inaccessiveis ? previs?o, mas sim uniformidades periodicas de success?o, as quaes o estudo das ondas atmosphericas e da ac??o magnetica do globo, estudo dirigido harmonicamente em uma cinta de observatorios que cinja ininterrompidamente o globo, chegar? por certo a poder um dia regulamentar systematicamente. Definir-se-ha o sentido scientifico do sonho symbolico das vaccas magras e das vaccas gordas, demonstrando-se como aos annos de estiagem e de fome succedem annos compensadores de irriga??o e de abundancia. Debalde a historia nos mostra que foi das inunda??es dos grandes rios que saiu a inicia??o dos grandes progressos humanos; que foi das inunda??es do Nilo que procedeu a civilisa??o do Egypto; das inunda??es do Hoang-Ho que procedeu a civilisa??o da China; das inunda??es do Euphrates, que procedeu a civilisa??o da Caldea, da Babilonia e da Syria. Povos na infancia, desprovidos das li??es da experiencia, desarmados dos instrumentos da analyse moderna, souberam fundar a sua vida historica na previs?o industrial e na previs?o economica das cheias dos seus rios. Ha perto de trezentos annos que um velho naturalista, um modesto oleiro, um simples, um santo, Bernardo Palissy, ensinou a construir as fontes artificiaes, fazendo passar as aguas da chuva atravez de um pequeno trato de terreno arborisado sobre um declive de cimento argiloso, terminando n'um muro de supporte que se corta no ponto em que se colloca a fonte e onde se deseja que a chuva, armazenada no inverno entre as raizes do pomar plantado na encosta de subsolo sedimentado, venha a correr no ver?o em bica de agua mineralisada e limpida. Ha trezentos annos que isto se ensinou. Em Portugal, onde a chuva torrencial ? um facto de quasi todos os invernos, onde a falta de agua potavel ? um facto de quasi todos os ver?es, ainda ninguem aprendeu a construir a fonte de Palissy! Em Lisboa cairam alguns muros e desabaram algumas casas. Se um ligeiro abalo de terra se tivesse seguido ?s grandes chuvas ? natural que muitos outros predios aluissem, porque a grave quest?o das edifica??es em Lisboa est? absolutamente despresada e abandonada ? rotina do velho systema adoptado pelo marquez de Pombal. Ora esse systema, ali?s excellente no tempo da reedifica??o subsequente ao terremoto, ? hoje imperfeito e perigoso. A canalisa??o da agua e as chamin?s dos fog?es de sala vieram modernamente alterar os dados do problema resolvido pela sabia administra??o pombalina. Os andaimes de madeira geralmente adoptados para sustentar os soalhos e os tectos ou apodrecem rapidamente ao contacto dos canos da agua que envolvem os predios ou se carbonisam por effeito do calor que lhes communicam os tubos das chamin?s. A elasticidade que se tem em vista obter para evitar os desabamentos procedentes dos terremotos, substituindo os madeiramentos pela pedra, s? poderia conseguir-se, sem perigo do apodrecimento ou da carbonisa??o, empregando nas construc??es modernas o ferro em vez do pau. Esta modifica??o t?o facil, t?o economica, t?o urgentemente exigida nos novos systemas de edificar, o nosso desleixo nacional n?o nol-a tem deixado ensaiar. De modo que a mesma previs?o do perigo discorrida pelo unico homem que acordou em Portugal por occasi?o do grande tremor de terra com que ? natureza benigna approuve tentar acordar-nos, essa mesma a nossa indolencia e a nossa incuria conseguiu converter dentro de poucos annos em mais uma causa de destrui??o e de aniquilamento! Porque--reflictamos um momento--ou existe esse conjuncto harmonico de institui??es solidarias e responsaveis chamado o Estado, ou n?o existe. Se n?o existe, em nome de que principio nos est?o aqui a imp?r o servi?o militar, o exercito, as barreiras, as alfandegas, o funccionalismo e a lista civil? N?s outros, habitantes do Chiado, assignantes de S. Carlos, socios do Gremio e do Club, frequentadores do Martinho e do Passeio Publico, n?s, republicanos, regeneradores ou granjolas, commendadores de Christo e mesarios da confraria das Chagas, n?s outros n?o produzimos e por conseguinte, em rigor, tambem n?o pagamos. Funcionnerios publicos, capitalistas, banqueiros, ministros, oradores, poetas lyricos, jogadores na bolsa, proprietarios de predios, vendedores de bilhetes de loteria, consumidores insaciaveis de charutos, de copos de cerveja, de dobrada com hervilhas e de bolos de especie,--n?s, francamente, n?o produzimos coisa nenhuma qae signifique dinheiro, isto ?, trabalho crystalisado, obra, ou, por outra, valor. Somos apenas--mais ou menos legitimamente--os usufrutuarios, os administradores officiosos ou officiaes do dinheiro dos outros. Portanto, como acima dissemos, n?a outros, como n?o produzimos, em rigor tambem n?o pagamos. Aquillo que alguns suppomos pagar ? apenas uma parte que se nos deduz n'aquillo que recebemos. Quem em ultima analyse vem a pagar ? unica e simplesmente o Inundado, queremos dizer o productor, o que planta o trigo, o bacelo, a oliveira e o sobro, o que cega a cevada e apanha a bolota, o que carda a ovelha, cria o boi, o cavallo, o porco e o carneiro, o que d? a corti?a, o mel, a cebola, o p?o, o vinho, o azeite, o sal, o figo, a amendoa e as laranjas. Como foi que o Estado resolveu o Inundado a pagar-lhe as suas contas? O Estado resolveu-o fazendo-lhe o seguinte discurso: O Inundado come?ou desde ent?o a pagar e o estado come?ou a dispender. Ha perto de cincoenta annos que dura esta troca de servi?os. O Inundado, por?m, ainda at? hoje n?o p?de obter nem a escola pratica, nem a bibliotheca, nem a granja, nem os novos instrumentos agricolas, nem as grandes machinas para a lavoura a vapor, nem a arborisa??o, nem os trabalhos hydraulicos no rio. Um bello dia, um temporal rebenta, as aguas das chuvas, sem florestas que as espongem, sem valas que sangrem a torrente, desabam de chofre no rio, este trasborda por cima de velhos diques em ruina, alaga as povoa??es, invade as casas, e deixa o Inundado entregue ? nudez, ? desola??o e ? fome. O Inundado pede ent?o a alguem que em seu nome exponha ao Estado a situa??o em que elle se acha: Excellentissimo Estado e meu amigo.--Ha cincoenta annos que para aqui me acho, tendo pago sempre a v. ex.'a quantia que combin?mos quando v. ex.'a fez comigo o contracto de eu lhe mandar o imposto para Lisboa e de v. ex.'a me mandar para aqui a civilisa??o. At? ? data d'esta nada recebi. Os deputados que para ahi tenho expedido ? custa de muita intriga, de muito dinheiro, de muito copo de vinho e de bastantes bordoadas distribuidas com as listas ? bocca da urna, nada remetteram para c? sen?o discursos cheios de exclama??es e de erros de grammatica. Gra?as aos effeitos de quarenta annos de eloquencia sobre os trabalhos da terra e sobre as obras do rio, este cresceu repentinamente com as ultimas chuvas, invadiu-me a casa e levou-me tudo: moveis, roupas, generos, ferramentas. Acho-me na derradeira miseria. Antigamente, antes do contrato que v. ex.'a fez comigo e a que j? alludi, o dinheiro que eu ganhava, em vez de o mandar para Lisboa, entregava-o aqui assim ao morgado, ao capit?o-m?r, e ao convento. Mas o morgado e o capit?o-m?r, se por um lado me arrancavam a pelle como v. ex.'a hoje faz, por outro lado eram meus amigos. Eram meus compadres, padrinhos dos meus filhos; davam-lhes as br?as e as amendoas pelas festas do anno, esperavam pelas rendas, punham os varapaus argolados dos seus mo?os e os d'elles proprios ao servi?o da nossa causa, quebravam todos os ossos do corpo aos corregedores, aos alcaides, aos portageiros e aos almotac?s, quando estes se faziam finos, matavam-nos de quando em quando a crea??o ou davam-nos chicotadas quando estavam bebados, mas em seu juizo eram bons homens e tinham sempre as portas e os bra?os abertos para nos acudirem, para nos protegerem e para nos ajudarem. Os frades resavam,--o que, se n?o nos fazia bem, tambem nos n?o fazia mal; e esta ? a differen?a que distingue os frades dos seus successores, os deputados: o frade resava, os deputados intrigam. Al?m d'isso, os frades, se diziam asneiras, diziam as pelo menos em latim, o que sempre acho que lhes custaria mais do que dizel-as em portuguez rasteiro e agallegado como me dizem que os deputados fazem. Finalmente os frades, se de ordinario viviam ? nossa custa, tambem nas occasi?es de crise nos permittiam viver ? custa d'elles, e o caldo da portaria era uma restitui??o. Quem at? hoje n?o tem restituido a importancia de um vintem nem em dinheiro, nem em caldo, nem em presentes, nem em favores de nenhuma especie ? v. ex.'a, meu nobre e illustre senhor. Tudo quanto tenho pago a v. ex.'a a titulo de imposto, v. ex.'a o tem gasto na verba recreios: exercito com as suas revistas e as suas paradas; corpo diplomatico; c?rte; gratifica??es aos doze homens que representam o governo trotando sobre as pilecas de uns atraz das tipoias dos outros; governadores civis e secretarios geraes; desembargadores para G?a e juizes para os A?ores; reparti??es publicas; arsenaes; imprensa nacional; fabrica das cordas; etc. Portanto, achando-me eu hoje sem real em consequencia de uma desgra?a de que v. ex.'a tem a principal culpa, quer-me parecer que n?o serei desarrazoado pedindo-lhe o favor de me abonar para as minhas necessidades mais urgentes uma pequenissima parte das sommas com que eu ha cincoenta annos tenho estado a custear uma galhofa para a qual nem sequer ao menos me teem convidado, D'este que ? De v. ex.'a Humilde subdito e servo A resposta do Estado a estas argumenta??es e a estas instancias ? de tal modo recreativa, que pareceria inventada, se a sua authenticidade n?o fosse reconhecida, como ?, de todo o mundo. O Estado respondeu: Meu caro Inundado.--A tua estimada carta veiu encontrar-me em uma situa??o bem critica para te poder servir, como desejava. Acho-me a bra?os com a resposta ao discurso da cor?a, com a appari??o dos granjolas e com a segarrega do Barros e Cunha. Falta-me tempo para me occupar de ti. Pedi a sua magestade a Rainha para te abrir uma subscrip??o. A rainha acceitou gostosa esta incumbencia. Vieram a Palacio todos os banqueiros e todos os capitalistas da cidade. Nomearam-se commiss?es de homens e commiss?es de senhoras para promover bazares de prendas, concertos de amadores e recitas de curiosos em teu beneficio. Dizes-me que n?o tens nada de comer. ? pouco. Todavia espero que, com alguma economia, possas d'isso mesmo tirar alguns jantares, ainda que simples, com que te alimentes durante este mez e parte do que vem. S? sobrio. Um bom caldo, um peixe, um assado, um prato de legumes e meia garrafa de vinho ? quanto te deve bastar. Como n?o tens nada, resigna-te um pouco e abstem-te de champagne e de fais?es dourados. Perdeste a casa, a mobilia e o fato. Vae para o hotel, enrola-te na tua robe de chambre e n?o saias por estes dias. Conserva-te no teu quarto, ao fog?o, toma grogs e l? romances. Reveste-te de paciencia, j? que n?o podes revestir-te de pano piloto, e espera. Tudo est? preparado e em via de execu??o para te acudir. Eduardo Coelho e Rio de Carvalho escrevem o hymno e est?o no segundo moteto. O nosso Luiz de Campos prepara versos. Prepararam egualmente versos o nosso Thomaz Ribeiro, o nosso Pinheiro Chagas, o nosso Fernando Caldeira, o nosso Forte Gato, e outros. Al?m dos que fazem versos e dos que fazem hymnos, ha sujeitos a quem os teus revezes--t?o lastimados elles s?o!--t?em feito espigar mazurkas e rebentar polkas... de pura d?r. --Elle geme nas vascas da mais horrorosa agonia!... Chaine anglaise, minha senhora! --Mas n?s havemos de arrancal-o das fauces da miseria... Sirva-me um gelado! --Arrancal-o-hemos, ainda que seja a ferros!... De fructa ou de leite, minha senhora? --Salvemol-o vivo ou morto!... De leite! ?s duas horas ceia, volante ou de bufete, servi?o quente e frio, menu de Baltresqu?. Um telegramma que chega:--O Inundado est? com agua pela cinta. Um sujeito fugindo com um per? assado:--Vou levar-lhe uma boia! Uma menina gritando: Add to tbrJar First Page Next Page Prev Page |
Terms of Use Stock Market News! © gutenberg.org.in2025 All Rights reserved.