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Read Ebook: Relaçam dedicada A Serenissima Senhora Rainha da Gram Bretanha da Jornada que fes de Lixboa the Por-ts Mouth by Fonseca Sebasti O Da
Font size: Background color: Text color: Add to tbrJar First Page Next PageEbook has 214 lines and 6776 words, and 5 pagesRela?am Dedicada A Serenissima Senhora Rainha da gram BRETANHA Da JORNADA que fes de Lixboa the POR-TS MOUTH A Serenissima Senhora Rainha da gran Bretanha Dando lhe O Parabem da Chegada, e pedindo lhe Licen?a para escrever a jornada. A daruos o parabem chega minha confi??a. nem toda desuanecida nem toda desconfiada. Galas tras de muitas Cores porem todas desmayadas ou seja pelo que intenta ou seja pelo que alcan?a Lixboa a cor de ciume e Londres a da Esperan?a lhe da; porem certo he que vos lhe eis de dar a gala E j? revestida toda de vossa grandesa e fama nam teme ser atrevida menos ser vituperada. Inda que tosca e groceira con vox pura limpa e clara entra a diser seu papel e desta maneira falla. Parabem vos dem ? Deusa de quanto o Oceano banha desde o nascente ao poente desde Lixboa a Bretanha Parabem vos dem senhora destas christalinas aguas que a esperaruos vem vestidas de chamalote de prata Parabem vos de tambem quem tamb vos acompanha esta na?am Portuguesa poucos corpos muitas almas Parabem vos dem os grandes pequenos e toda a casta porque a ta? casta bellesa venham todos festejalla. Parabem, vos d? por mi tambem minha confian?a por mi, como entereceiro por si, como entere?ada. Perdoa ilhe, por quem sois pois naceo na vossa patria, e he de Lixboa, que ausente estas ditas, chora e canta. E se a caso dais Licen?a pintar? toda a jornada, despedidas de Lixboa e entradas da gran Bretanha. Serenissima senhora a quem todo o mundo acclama por bella Estrella do Norte Lusido Sol da Bretanha. Vos que depondo o socego quisestes romper as aguas por enxugar as dos olhos que ha tanto a patria derrama Se bem de teruos presente hera a gloria e dita tanta, que a presente ausencia chora quem os futuros chor?ua. Vos que tanto ? vossa conta tomastes a nossa causa; que se nam sentem as custas vincendo v?s a demanda Vos que pello bem comum deixais o logro da patria porque ella consiga ditas posto que sinta as distancias Ouui a v?x desta pena que glorifica discanta por ter ja Licen?a vossa para pintar a jornada. Se na? chegar o pinsel a pintar cousa ta? alta em jornada ta? comprida bem posso pintar de auguada Que o colorido talvez con as distancias desmaya v? de pintura senhora e vosso amparo me valha Aos vinte e tres de Abril entre semana, e semana h Domingo qu'entre todos, se tem por dia de guarda Depois daquella grandesa de que todo o mundo pasma em que o pouo fes extremos e os grandes conta das galas De tantos arcos triunfantes as ruas todas ornadas que tudo hera h Rocio por donde a aurora passava Passou dos arcos ? ponte que marauilhosa estava bem me rio eu que o Rio visse cousa mais galharda Chegou toda a fidalguia pondosse em vistosas alas porque ? Estrella do Norte Seruissem todos de guardas Viram todos a estrella dessia o sol para as aguas posse o sol; e apareceo, mais ha estrella na barca Fes Portugal marauilhas; tudo amor perfeito causa, e embarcando a primauera deram os nauios salua Os marinheiros sobidos pellos velames exarcias enchiam o ar de viuas e os barretes de vayas Ouue fogo como terra de tiros e luminarias, teue o ar suas quenturas suas fogagens as aguas Veyo Rompendo a menhan e cuido que nam cheg?ra se lhe nam dera licen?a o sol que escondido est?ua Leuou ferro a Nao Real se he que pode leuar ferro quem leua em si tanta prata Levaram ancora todas despediramsse de Almada emquanto a alma do pouo se despedio da sua alma Fiseram as cortesias a Pallacio, que chor?ra se a Capitania nam fora c? o pano tomar lhe as lagrimas Foi largando as Velas todas deixando naquellas prayas Cantidade de suspiros e grande numero de ancias Em sancto Amaro ficou porque estava bem lembrada de que outra ter?a feira a dera o sancto bem sancta. Porquanto as ter?as do Ceo herda Portugal nas Chagas e nam pode ter ma sorte quem ternos e quinas lan?a Viramsse as Magestades este dia; quem jur?ra que fosse Atlante h madeiro de dous tam grandes Monarchas A minha Nao que Roby por preciosa se chama por ser pedra quis ficar junto ? pedreira de Alcantra Quis Vallersse de pedreiras para ser da Capitania a mais ualida de todas por parte de uisinhan?a Serrousse a noite e contando todos, a festa passada sonharam muitas grandesas posto nam foram sonhadas Mal tinha do primo sono Limpo parte das pestanas se bem no todo da noite dormi so no quarto d'alva Quando ouui sonhey liras con cordas deuinas Anjos con voses humanas Fiquei absorto; porem abr? parte da varanda repremi todo o alento por ser pequena a distancia Estavam dous Bargantins a bordo da Capitania hum pella banda direita outro pella outra banda Encontrauansse os discantes c? o rustico das flautas o tosco das sanfoninas c? o son?ro das arpas Callandosse os Instromentos ha vox branda e delgada tam fina que parecia que por Fee se deuisaua Cantou a seguinte letra; a Fee senhora uos canta porque chora ha muito tempo a dila?am desta causa Cantou outra vox son?ra o seguinte; o bem haja quem Charitativa a Fee tanto estende tanto espalha A outra vox que Esperou por ser toda Esperan?a disse a fim; a fe, que espera vencer a Fee a demanda. 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