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Munafa ebook

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Read Ebook: Sammlung Göschen: Verzeichnis der bis jetzt erschienen Bände by G J G Schen Sche Verlagshandlung

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Ebook has 80 lines and 34935 words, and 2 pages

Die Aufgabe der >>Historik<< ist von Wilhelm von Humboldt und von Johann Gustav Droysen am klarsten erfasst worden. Sie muss die produktive Auspr?gung der allgemeinen Gedanken sein, die in den musterg?ltigen geschichtlichen Betrachtungen ?bereinstimmend als Ausgangspunkt oder Zielpunkt der Forschung unmittelbar vorausgesetzt werden. Es handelt sich dabei nicht um die methodischen Kunstgriffe der Heuristik, Kritik und Interpretation, sondern um das Eindringen in den Kern aller menschlichen Beziehungen und in die Wirksamkeit der Kr?fte, auf denen die Abwandlungen der historischen Begebenheiten beruhen. Dieses Element der Wirklichkeit geistig zu durchdringen ist die Aufgabe, die hier zum ersten Male zu l?sen versucht wird. So gestaltet sich die Darstellung zu einer durch scharfe Begriffsbestimmungen und anschauliche Beispiele auf der H?he wahrer Wissenschaft gehaltenen Enzyklop?die der Grund?berzeugungen der Geschichts- und Menschenkenner.

Rossberg'sche Buchdruckerei, Leipzig

Weitere Anmerkungen zur Transkription

Der Katalog wurde dem Band

Mogk, Eugen: Germanische Mythologie. Sammlung G?schen, 1913.

entnommen.

Offensichtliche Fehler wurden stillschweigend korrigiert.

D. Mendo nesta afronta bradou chamando em ajuda Santiago Patr?o de Espanha; e El-Rei tambem do p? do muro, altas vozes acodio: <>. Bradando aos seus, que eram em cima do muro. <>, e os que sobiram, apartaram-se logo pelo muro, em duas partes peleijando cada uma com os Mouros que vinham.

Era j? tamanha a volta, e arroido de ambas partes que se n?o podiam entender, El-Rei disse ent?o aos seus mui apressado: <>. Mas o Senhor Deos, que ajuda as obras de seu servi?o lhes mudou em melhor, e mais seguro sua ten??o, e fadiga, que onde se trabalhavam de entrar pelo muro, entraram pela porta, e de dez escadas que fizeram, duas s?s abastaram para tudo, porque sobiram at? vinte e cinco, os quaes correram mui prestes a quebrar as portas com um machado que lhes fora dado de fora, e britadas as fechaduras, e ambudes entrou El-Rei a p? com os seus, e poendo os giolhos em terra, antre as portas, com grande prazer, se encomendou, e deu muitas gra?as a Deos.

Os Mouros acodiram todos alli peleijando mui rijamente, e vendo j? dentro comsigo tanta gente desesperando de se poder alli ter, acolheram-se os mais delles a Alfam, mas pelo despercebimento em que se acharam foram logo entrados, e mui muitos delles homens, e molheres, e mo?os trazidos ? espada de que foi o sangue tanto pelas ruas, que parecia serem alli mortos grande multid?o de gados. Todos os que escaparam de n?o serem mortos na peleija, foram cativos com grandes, e ricos despojos que na Villa se acharam. Foram hi antre outros cativos, tres Cavalleiros principaes mui ricos de que El Rei houve fazenda de grande valia. Para o escalamento desta Villa foram escolhidos, primeiramente D. Mem Moniz Guarda m?r del-Rei, e delle mui querido, filho de D. Egas Moniz, e D. Pedro Affonso irm?o del-Rei bastardo, e D. Louren?o Viegas, e D. Pero Paes seu Alferes, e D. Gon?alo de Souza, e outros nobres homens.

Entrada, e tomada assi a Villa de Santarem, Auzary Alcaide m?r della, escapou fugindo, com tres de cavallo consigo caminho de Sevilha, quanto mais p?de. Estava El Rei Mouro de Sevilha sobre a Torre do ouro chamada, e quando Auzary assomou vendo-o El-Rei vir, veio-lhe por sentido, segundo muitas vezes o cora??o sente dante m?o, e advinha as cousas, que seria aquelle Auzary, e disse-o alli aos que com elle estavam; elles mostr?ram n?o cair em couza de t?o longe enxergada, e tambem por desviar El-Rei do sentido de m?s novas antecipado; e disse ent?o El-Rei: <>. Os de cavallo chegando ao porto deram agua de seu vagar, El-Rei carregou-se mais de sua prognostica, e chegando Auzary, contou-lhe como se tom?ra a Villa, e da grande mortindade que se nella fizera de que El-Rei de Sevilha, e todos os Mouros houveram grande pezar, n?o s? pela perda desta Villa, mas de outras a que a perda desta dava cauza for?ada.

El-Rei D. Affonso desque tomou a Villa, poz nella seu Alcaide, leixando-a abastecida como compria, e tornou-se para Coimbra com muito prazer, onde contando ? Rainha sua molher, e a outros muitos como lhe acontecera na tomada de Santarem, disse estas palavras: <>. Esta Villa se chamava antigamente Cabilycrasto, e depois da morte de Santa Eyrea, lhe pozeram os Christ?os nome de Santarem, que vem de Santa Eyrea Martyre que a ella veio ter.

Depois de tomado Santarem se foi El-Rei D. Affonso para Coimbra como se disse, e n?o para descan?ar, nem repousar seu cora??o, que nunca cessava de buscar afrontas, e louvadas impresas, em que Deos fosse servido, mas para o melhor ordenar, como em fresco, se milhor aproveitasse do vencimento, e tomada de Santarem, sabendo que nas guerras fama de uma vitoria aproveitada com tempo d? azo a muitas, pelo qual ajuntou logo seu poder para conquistar os lugares que ficavam na Estremadura de Santarem at? o mar, em especial a Cidade de Lisboa, a qual tomou no modo que se segue.

Chegando El-Rei a terra onde Lisboa est? situada, pareceo-lhe milhor guerrear, e tomar as fortalezas ao redor della ante de cercar a Cidade por tal que quando viesse o cerco tivessem os seus menos trabalho nas forragens, e se podessem os seus mais ligeiramente sem outras guardas estender pela terra, e alli tomou logo o Castello de Mafora, e deu-o a D. Fern?o Monteiro, o primeiro Mestre de Aviz que houve em Portugal, e apoz esto foi logo cercar Sintra, e tomou-a, mas se foi por for?a, se por preitesia n?o o achamos escrito, e sendo assi tomada, appareceo no mar uma frota de cento e oitenta velas, de gentes, que naquelle tempo moveram de Alemanha, e de Inglaterra, e de Fran?a, para guerrear os infieis por servi?o de Deos, e vindo assi todos de mar em f?ra demandar terra ? rocha de Sintra.

Estava El-Rei D. Affonso em cima do Castello, e seus principaes que com elle eram, e maravilhando-se do ajuntamento, e navega??o de t?o grande frota, mandou logo quatro Cavalleiros, a saber que gentes eram, e a causa de sua vinda, os quaes chegando a Cascaes j? a frota toda pousava, vieram ent?o a fallar, e preguntar-lhes que gentes eram? Elles responderam, que eram Christ?os partidos de suas terras para virem guerrear por servi?o de Deos os Mouros imigos de sua santa F?. Nesta frota vinham muitos Condes, e outros grandes Senhores, mas a escritura n?o falla de seus nomes, mais que de quatro, um por nome Mossem Guilhem de longa espada, Conde de Lincoll de que se diz ser em seu tempo havido pelo milhor Cavalleiro, que sabiam em toda a Inglaterra, nem Fran?a, ao outro chamavam Childe Rolym, ao outro D. Liberche, ao outro D. Ligel.

Sabendo El-Rei pelos que l? mand?ra como eram Christ?os, e da ten??o que traziam para servir a Deos, foi desso mui ledo, e bem se lhe poz no sentido que Deos fizera mover aquella gente, e aportar em sua terra, por lhe fazer tanta merc?, que a Cidade de Lisboa fosse tomada, e deu-lhe por ello em seu cora??o muitos louvores, pelo qual lhes enviou mensageiros, porque lhes mandou dizer como elle soubera os bons movimentos, e ten??o de suas boas vontades, que traziam para servir a Deos, e que fossem bem certos que n?o sem misterio seu, e vontade, elles eram alli aportados trazendo-os N. Senhor a tal logar, onde o bem podiam servir, e comprir seus desejos, e deva??o, e n?o menos accrescentar suas honras para esse mundo, porque de alli donde elles estavam pouzados n?o mais de cinco leguas, estava uma cidade de Mouros mui guerreira das principaes de Espanha, de que por mar, e por terra se fazia muita guerra, e dano aos Christ?os, a qual tinha mui fermoso porto, em que suas N?os, e muitas mais podiam mui seguramente estar ancoradas, e elles haver muitos mantimentos em abastan?a, e pois ao Senhor Deos aprouvera sem irem trabalhar mais longe, traze-los t?o perto de tamanho azo, e oportunidade para o que vinham buscar, n?o leixassem esta empresa por Deos t?o querida, e mostrada por outra nhuma creatura, e que elle como Rei que era da terra os ajudaria a esso com todas suas for?as, como elles bem veriam.

Andaram assim estes recados de uma parte, e da outra, at? que vieram concertar de irem juntamente todos cercar a Cidade, ? condi??o que sendo tomada, ametade fosse del-Rei, e a outra metade dos Estrangeiros, e assim logo El-Rei por terra, e a frota por mar foram poer cerco a Lisboa; El-Rei acentou seu arrayal da parte do Oriente, onde agora est? o Moesteiro de S. Vicente de F?ra, e os Inglezes, e outras gentes tomaram a parte do Ponente, onde ora s?o os Martyres. Durou o cerco perto de cinco mezes, por a Cidade ser mui forte, de sitio, e cerca, e estarem dentro muitos Mouros, que a mui bem defendiam; fizeram-se neste cerco grandes escaramu?as, e fortes combates, em que se matavam muitos Cavalleiros de uma parte, e da outra. Cada um arrayal dos Christ?os, edeficou sua Egreja em que enterrassem os que alli morriam, e El-Rei D. Affonso fez a sua, onde depois foi edeficado o Moesteiro de S. Vicente ? honra do Martyre S. Vicente, e os Estrangeiros edeficaram outra que ora ? chamada Santa Maria dos Martyres. Estas Egrejas est?o agora dentro dos muros da Cidade, desque a cercou El-Rei D. Fernando o noveno Rei de Portugal, como se adiante dir?, porque quando Lisboa esta vez foi tomada a Mouros, n?o era sua cerca maior, que quanto se ora v?, e chama cerca velha.

Quando veio em dia dos Martyres S. Chrispino, e Chrispiniano, que ? aos vinte e cinco dias do mez de Outubro, andando a era do Senhor em mil cento quorenta e sete annos, foi a Cidade mui rijamente, e com grande determina??o combatida, dando o Senhor Deos tanta gra?a aos Christ?os, que seu esfor?o, e gram deva??o de peleijar por seu servi?o, passava pelas muitas feridas, e mortes, e todas outras grandes difficuldades, e perigos do combate, havendo elles todo por menos, pelo grande pezar que tinham em lhe parecer que todo seu trabalho seria debalde, e Deos n?o servido, se a Cidade se n?o tomasse, e assi com este fervor, e mui animosa determina??o, poendo em fim o que os seus devotos cora??es tanto desejavam, entraram a Cidade por for?a.

Entrou-se principalmente por a porta que ora chamam de Alfama, e de hi pelas outras portas, e depois de entrada foi dentro a peleija muito mais fera, que janda soe antre irados vencedores, e vencidos, desesperados, peleijando j? os Mouros com estremada desespera??o, e vontade de querer antes morrer antre as mortes de suas molheres, e perdimento de filhos, paes, parentes, e amigos, e assi os Christ?os n?o com menos indina??o por infieis entrados, e vencidos querendo ainda mais deter, e daninficar seu vencimento, nem se querendo dar por vencidos, por tanto foi t?o grande a mortindade delles, e sobejo o conto dos que foram mortos, e trazidos a ferro, que ? escuzado cuidar qu?o poucos fic?ram.

Acima se disse, como durando o cerco de Lisboa soterraram os mortos naquellas duas Egrejas, que nos reaes se fizeram para esso, e tomando-se a Cidade aconteceo dos que na entrada soterraram na Egraja que ora ? chamada S. Vicente de F?ra, um nobre, e valente Cavalleiro Alem?o chamado Anrique, comprido de bons, e virtuosos costumes, foi morto naquelle combate peleijando mui esfor?adamente, e sendo assi enterrado naquelle lugar N. Senhor em cujos olhos ? mui preciosa a morte dos seus Santos, e Bemaventurados aquelles, segundo elle disse, que no amor de Deos, quanto mais os que por seu amor morrem, fazia por este Cavalleiro Anrique muitos milagres de que alguns s?mente por mostra brevemente diremos.

Vinham na frota daquellas gentes Estrangeiras dous homens surdos, e mudos de seu nacimento, e indo um dia ? sepultura daquelle Cavalleiro deitaram-se apar delle com grande deva??o, pedindo em suas vontades, que por seus merecimentos lhes empetrasse do Senhor Deos piedade, e misericordia para sua infermidade, elles jazendo assi adormeceram ambos, e appareceu-lhes logo em sonhos o Cavalleiro Anrique vestido em trajos de Romeiro, trazendo na m?o um bord?o de palma, e falou ?quelles mancebos, dizendo-lhe: <>. E dito esto desapareceo; elles ent?o acordaram, e achando-se s?os de todo, ouvindo, e falando milagrosamente, e assi em voz e linguagem clara, come?aram a contar a todo o povo o milagre que Deos em elles fizera pelos merecimentos deste Cavalleiro.

E El-Rei D. Affonso, e todos os que hi estavam davam muitas gra?as, e louvores ao Senhor Deos, que taes maravilhas obra, como diz o Profeta, por honrar, e exaltar os seus Santos, e amigos. Era este Cavalleiro Anrique natural de uma Villa que se chama Bom composta na ribeira de Reina quatro leguas acima de Colonha, na qual eu fui, e estive dessas vezes, que ?quellas partes fui enviado por Embaixador, vendo-a sempre com muita affei??o, e saudosa lembran?a deste Santo Cavalleiro Anrique.

Logo a poucos dias que esto aconteceo veio a morrer um Escudeiro deste Cavalleiro Anrique de grandes feridas, que tambem houve na entrada da Cidade, e enterraram-no na mesma Egreja donde jazia seu senhor, e sendo alli soterrado, appareceo de noite o Cavalleiro Anrique a um homem muito velho, que servia aquella Egreja e havia nome Anrique como elle, dizendo-lhe: <>. Do que aquelle homem bom nada curou, e vindo-lhe outro tal segundo aparecimento, e amoesta??o t?o pouco curou desso, como da primeira, ent?o lhe appareceo a terceira vez o Cavalleiro Anrique mui irado, e com sembrante bravo, e queixoso amea?ando-o com palavras de grande medo, se logo n?o fosse comprir o que por tantas vezes lhe dissera, pelo qual aquelle bom velho cheio de temor se levantou logo de noite, e foi com candeias ? sepultura onde jazia o Escudeiro, e desenterrou-o trazendo-o elle por si s? e lhe fez uma cova a milhor que pode apar do Cavalleiro Anrique onde o enterrou, e quando veio pela menh?, achou-se o velho t?o s?o, e sem can?asso do trabalho da noite passado, sendo impossivel por sua can?ada idade pode-lo fazer, como se jouvera em sua cama folgando sem fazer nada, e contando ao outro dia todo assi como lhe acontecera, aos Prelados, e a todo o povo deram todos muitos louvores a N. Senhor.

Querendo ainda o Senhor Deos segundo a grande avondan?a de sua infinda benificencia, mostrar por mais maravilhas quanto lhe tinha aprazido, o servi?o deste Cavalleiro Anrique, appareceo ? cabeceira de sua sepultura uma palma semelhante ?quella que trazem os Romeiros de Jerusalem em suas m?os; assi come?ou em verdecer, e deitar folhas, e crecer sobre a terra, em sua altura juxta. El-Rei, e todos vendo t?o grande, e famoso milagre, louvaram muito a Deos, e quantos enfermos alli vinham tomar palma, e deitavam ao colo logo eram s?os a essa hora, de qualquer infermidade que tivessem, e outros a tomavam, e tostavam, e depois de moida bebiam della aquelle p?, e assi mesmo se achavam logo s?os das dores que tinham, e tanta foi a continua??o da muita gente que vinha tomar daquella palma, que a pouco tempo n?o ficou nada della sobre a terra, at? por n?o porem boa guarda nella, vieram alguns de noite, e a arrancaram de todo, levando o que ficava sobre a terra. Por estes milagres, e outros que N. Senhor aprouve de fazer pelos seus Santos Martyres, que alli morreram, tinha El-Rei nelles mui grande deva??o, que se sentia em si algum abalamento de doen?a deitava-se em ora??o sobre seus jazigos, e achava-se logo remediado.

Passado assi todo esto fez El-Rei juntar toda sua gente que com elle era, e disse-lhe: <>. Louvaram todos o que El-Rei dizia, e ent?o foi eleito um homem virtuoso, que alli era, chamado Gilberto, de muito boa vida, e costumes, e leterado em Degredos, e a poz esto mandou El-Rei logo notificar ao Papa cumpridamente o cerco, e tomada de Lisboa, da elei??o do Bispo, que por servi?o de Deos novamente fizera, pedindo a Sua Santidade o quizesse confirmar. O Papa lhe outorgou todo esto, e outras mais cousas que lhe enviou pedir, dando-lhe grandes perd?es, indulgencias para as Egrejas que tinha feitas. Tanto que este recado veio de Roma chamou El-Rei o Bispo Gilberto, e disse-lhe: <>. E ent?o o dotou de muitas posse??es, porque entendeo que poderiam bem, e sem mingoa viver, os que em elle houvessem de servir a Deus, e para os Povos terem mais azo, e deva??o de ajudar, e fazer o Moesteiro poz em elle grandes indulgencias, que lhe o Papa mandou, e assi tambem na Egreja de Santa Maria dos Martyres.

CAPITULO XL

E depois desto consirando El-Rei como o seu Moesteiro de S. Vicente de F?ra houvesse de ser milhor servido prepoz de poer em elle Capell?es Clerigos onestos, e estando neste seu preposito, aconteceo chegar a Lisboa um Frade Flamengo de boa, e onesta vida, chamado Gualterio, e com elle quatro Frades seus companheiros, que vinham a buscar onde fizessem um Moesteiro da Ordem de que elles eram, para nelle viverem. El-Rei sabido de sua vida e preposito folgou muito, e mandou por elle dizendo-lhe como edeficara aquelle Moesteiro de S. Vicente, rogando-lhe que elle, e seus companheiros quizessem nelle viver, e estar por ser caza para esto mui conveniente, e para Deos hi delle ser servido; aprouve muito dello a Gualterio, e a seus companheiros, e foram-se logo para o Moesteiro.

Queria muito este Prior Gualterio, que o Moesteiro fosse chamado da Ordem que elle era, e que El-Rei no Moesteiro n?o tivesse nhum especial poder, o que n?o querendo El-Rei consentir, se partio Gualterio com os seus compenheiros para onde vieram. El-Rei fez ent?o Prior um Conego Estrangeiro, que havia nome Damer, o qual a cabo de poucos annos se foi tambem para sua terra, por onde parecendo a El-Rei que Religiosos assi vaguan?os, e f?ra de Suprior, por muita deva??o que tragam, e presumam n?o h?o gra?a para durar ? ordem, e servi?o de Deus, determinou de mandar ao Moesteiro do Banho que ? da Ordem dos das sobrepelizes por um Conego que chamavam Guodinos, que fosse o Prior do Moesteiro, o qual assi Prior por suas virtudes foi eleito por Bispo de Lamego, e El-Rei ent?o mandou por outro Conego a esse mesmo Moesteiro do Banho, que havia nome D. Mendo, e havendo oito annos que era Prior, se veio a finar; e a poz este houve outro Prior, que chamavam D. Paio, e foi o derradeiro Prior que em S. Vicente houve em tempo del Rei D. Affonso, e posto que estas cousas que dissemos fossem feitas por espa?o de tempos, em vida del-Rei D. Affonso, n?s contamo-las aqui juntas por pertencerem ? tomada de Lisboa. Ora adiante diremos outras cousas que se fizeram logo seguintes ? sua tomada.

CAPITULO XLI

Depois de El-Rei D. Aff

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